domingo, 19 de outubro de 2014

Com que roupa eu vou, pro samba que você me convidou?

Passei muito tempo pensando em quais seriam as legendas das nossas fotos. Se usaríamos nossas músicas favoritas ou citaríamos os filmes que amamos assistir. Cronometrei o tempo do abraço, separei a roupa para debutar e fiquei na dúvida se estaria de óculos ou não. Muito chato andar nessa cidade marcada com outdoors que escancaram nossa campanha bem sucedida de companheirismo. Mas tudo isso de certa forma já passou.

O que nos alimenta deve ser uma dessas barras de cereal diet, que não enchem a barriga de ninguém. E olha que um dia pensamos em viver de amor. De certa forma, não estamos preparados, nossos sonhos estão bem mais fortes e próximos separados. Vemos o nosso encontro com um encaixe, em uma rotina onde sobra pouco tempo. Em um check-in distante, numa moldura 3x4, congelamos nosso melhor momento. Como essas bandas que terminam no auge pra deixar mais saudade nos fãs. Que bestas nós somos! Não aguentaríamos o peso de uma turnê.

Guardei o pôster, o single na fita, o autógrafo em forma de beijo. Esse amor só precisa de uma boa gravadora que banque essa loucura. Produzido pelo destino, com clipe em câmera na mão e com "refrão pra levantar o bloco", esse amor ainda vai dar samba! Com banda indie e pedra de reponsa porque amar exige um certo desalinho. 

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