segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Um mundo depois da ponte

Essa história de viver em mundos diferentes sempre rende uma coisinha. As produções cinematográficas adoram esse tipo de pauta. "Ela fazia medicina e eu ainda nas aulinhas de inglês". É, parece que não é só no cinema. Que tal passear em outro mundo? Seria uma aventura andar por aí com alguém que gosta de química, não gosta de futebol e odeia acordar tarde. Que mundo estranho! Mas ele existe.  

Ou então alguém muito exotérico, que faz das fases da lua um norte a ser seguido e pauta suas ações pela posição dos astros?! Mundo cômico e cósmico, mas ele existe! Uma cabecinha sedenta por séries, quadrinhos e games?! Confesso que acho esse povo chato, mas admiro quem em um mundo tão complicado ainda mergulha em outros na busca de entretenimento.

Essa história de mundos é um pouco psicodélica. Porque até onde estudamos, habitamos o mesmo planeta: a Terra. A verdade é que só um limite de espaço não define um mundo. Posso ser mais japonesa em Chicago ou americana em São Luís. Roqueira no cacuriá ou caxeira na orquestra. Tudo é uma questão de ser. Ser triste, fechado. Ser feliz, aberto - ou menos fechado. A balança é por sua conta. 

Pense em passar por uma ponte. Antes dela, o outro lado parecia impossível. Um homem sem medo do lado de lá, arriscou. Hoje milhares de pessoas passam pela ponte. Por rotina, vontade ou pela necessidade do outro lado. Dois mundos, por vezes assustadores. Esquisitos, deselegantes e de todo modo felizes. Procure o amor antes de qualquer linguagem, longe de "eu te amos". Que tal: essa é minha música favorita, vamos para o outro lado? Bem-vindo ao meu mundo. 

Trilha sonora: "Pra te espiar, eu dou a volta no seu mundo" 
(Selva Branca - Carlinhos Brown)