segunda-feira, 27 de março de 2017

O nosso agora é depois


Nada disso pode ser agora. Apesar da idade, não somos maduros. Maduro é coisa de fruta. É saber quando “é a vez”, quando é doce, quando é a hora de colher. A gente pode ser, mas não por agora. Essa coisa de tempo é interessante. Ora é “deixa ser como será”, ora é “carpe diem” e ainda temos o tempo “como um dos deuses mais lindos”. Ah, o tempo! Deixa ele ser protagonista dessa história como ele sempre foi. Deixa ele brincar com a gente e nos deixar surpreender com nossas próprias atitudes. 

Não é pra ser agora porque eu quero sempre felicidade e não mágoas. Não é pra ser agora porque eu acredito que a gente tem a missão de sempre sorrir disso tudo. Não é pra ser agora porque eu quero aprender junto e não me desgastar ensinando o que não é pra hoje. 

Espero sim, talvez não por nós, mas sim por essa maturidade que um dia vai me fazer mergulhar sem medo. Ainda não sou bom marinheiro, pois o vento e a força do mar ainda me assustam. Espero pela fruta boa que vamos dividir em uma tarde amena e aconchegante. Se vamos dividi-la ou nos lambuzarmos com ela, só o amanhã dirá. 

Que fruta mordida será a nossa? Será que vai ter gosto de amor? Não precipito tal iguaria, meu grande prazer é não ter hora para tirar a mesa. E é assim que eu quero viver tudo isso: sem precisar de relógio.

Trilha: "Demorou pra ser, mas agora é" (Demorou pra Ser - Vanguart)