terça-feira, 29 de janeiro de 2013

São só lábios

Tem um segredo nos lábios
São só lábios
Mas carregam o peso do mundo
Que coisa, não?!

Seriam os labirintos de Ana?
Passam perto
Mas ainda não inspiraram um autor
Pelo menos até agora

Estão mais ousados com o passar do tempo
Passeando por lugares e sentindo gostos
Encostam no copo, beijam a maça
Lábios secretos, reservados

Os lábios conhecem um pouco do mundo
Ajudam o sorriso, fazem beijar
Vestem vermelho
Quando saem pra matar.

Trilha sonora: "Pois, não pense que vai ficar assim
Meu batom vermelho vai me enfeitar" (Retrovisor - Céu)

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Quando cinco opções não valem uma

Às vezes nos deparamos com uma infinidade de opções e histórias que poderíamos viver de acordo com escolhas que fazemos ao longo da vida. Irei citar cinco opções, não que as tenha, mas foi um número que me veio à cabeça e me parece bom.

Opção 1: Viver aceitando coisas que abomino, aceitar na vida o avesso. Achar graça do sem graça e aceitar ser o alvo de uma metralhadora ambulante. Que não escolhe ninguém e fica por conveniência. Opção cruel, que vidinha (...) Mas é uma opção.

Opção 2: Quem nunca se apaixonou pelo esteriótipo? Aquilo que colocamos há anos na cabeça e parece tão bonito que queremos colocar na estante. Só que olhar todo dia na estante acaba se tornando rotina. Enfeitou a vida, mas hoje não diz nada. Opção bibelô, prefiro ficar só olhando (...)

Opção 3: Alguém tem que morar longe ! O mais doce acaso, vontade de ficar lembrando. Difícil achar alguém que compartilhe devaneios. O álcool talvez apagou algumas coisas, mas somou. Ali do lado, bem longe. Opção "memory card", é bom guardar.

Opção 4: Descobri o olhar. Penetrante, sagaz, desejoso. É bom lembrar. Alguém que você nem imagina ao lado, tão grande é a liberdade. Aquele que já viveu tanto mesmo tendo a sua idade, e que te assusta ser apenas um iniciante. Opção 4, posso até te acompanhar, não agora.

Opção 5: É quase um círculo vicioso. Montanha russa. Indo e vindo e chegando ao mesmo ponto. Irmãozinhos? Até quando? Parece que estamos pagando o preço. Não depende só de mim, triste fim. Palpável, perto, longe. É uma opção contraditória. Opção 5, a última, cristã. Os últimos serão os primeiros.

Trilha sonora: "Se houve ou se não houve
Alguma coisa entre eles dois
Ninguém soube até hoje explicar" - Estrela do mar/Flávia Bittencourt.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

24 horas > 365 dias

Pulou sete ondinhas, comeu uva e lentilha, guardou caroços de romã? Não. E essa pessoa ainda espera coisas fantásticas de 2013. Tsc tsc. A situação anda tão apertada que agarrar-se ao Chronos é o que ainda sobrou. O tempo cura, ensina, protege, uma virada de ano então...renova qualquer um! É lindo todos de branco, dançando, abraçando um ao outro e desejando positividade nos 365 dias que seguem. 

Todos deveriam fazer um vídeo na virada do ano, acho que seria uma boa técnica caso faltasse autoestima nos próximos 12 meses. Coisa de gente chata essa mania de não celebrar, né? Mas o ano todo tem uma pitada de decepção. Esvaziamos nossos bolsos, abraçamos vizinhos chatos, repetimos "pra você também" infinitas vezes e ainda fazemos promessas cruéis que só regadas a muito espumante e barulhos de fogos poderiam ser concebíveis. 

Me permito dizer que já começamos o ano mentindo, nem que seja elogiando a camisa do amigo que nem ficou tão boa assim, mas seria muito ruim começar o ano com um "deselogio". Enfim, um ano se passou, poupamos pessoas do nosso mau humor (ou não), extrapolamos prazos, fizemos projetos, talvez até juras de amor. Mas acho que o ideal seria passar a virada do ano em frente ao espelho, chegaríamos a conclusão de que a meia-noite não nos muda em nada. Cruel? Verdade. 

O ser humano é tão mutante quanto o tempo, mas insiste em controlá-lo. Deseje feliz dia novo, é um tempo menor e assim diminui a margem de erro. Você tem um dia novo, pra quê um ano? Um dia com atitude derruba um ano de marasmo. Adote um calendário de 24 horas, feliz dia novo!

Trilha sonora: "Tudo novo de novo" - Moska