segunda-feira, 27 de maio de 2013

Fuck Cupido

Como sempre sistematizando tudo, já estou pensando no próximo passo. Em uma dessas conversas na madrugada, um amigo me perguntou:
- Você gosta dele?
Confesso que pensei por 5 segundos e respondi:
- Gosto!
Para qualquer tréplica nunca esperaria que meu amigo retrucasse:
- Amiga, gostar é muito sério!

Confesso que fiquei perdida, afinal sempre achei que o grande pânico fosse amar. Nesse momento, várias formigas me incomodam, me fazem sair do lugar, me coçar e de certa forma me irritam. Acho que elas possuem uma semelhança com o amor, que também nos deixa inquieto e cheio de agonias. Você pode conhecer o amor no pior momento, sabia?! Ele não costuma aparecer quando estamos arrumados e com hálito fresco. Ele gosta de te encontrar na vala, com cara de sono e provavelmente puto com alguma coisa. Incrível também é a capacidade de fazer "merda" diante dele, de fazer questão de quebrar a flecha (foda-se cupido) e tornar esse grande evento um fracasso. Ah, o amor, realmente tu és paciente.

Acredito de verdade que o amor seja pleno, mas quando os humanos colocam as mãos nessa cumbuca, a porra começa a ficar séria. Talvez o amor exija ausência de consciência, seja uma coisa instintiva, sem teorias. Por isso os animais são tão completos quando o assunto é o amor. Bino, é uma cilada! Mas hoje eu escolho cair. Há tempos estou fugindo dessa emboscada, desviando desse buraco, passando na outra rua para poder evitar. Oi amor, estou aqui. Com essa cara lavada e cínica. Hoje separados pelo que nos uniu, cheios de dramas, desculpas e raivas, ainda assim, eu quero apostar.

Pode ser que não aconteça nada, mas ao menos me rendeu bons pensamentos. A gente nunca sabe quando ou o porquê. Talvez essa seja toda graça. Acho que Camelo me entende. Entende os meus desvios, meu pouco caso, minha porra louquice. Com mania de atraso, errando o endereço..."eu que já perdi a hora e o lugar, aceito". 

Trilha sonora: "Vermelho"- Marcelo Camelo